Na vasta extensão das áreas agrícolas que percorre o território brasileiro, a produção de soja e milho desempenha um papel crucial na economia e no fornecimento global de alimentos. Contudo, embora os números de plantio sejam expressivos, uma realidade silenciosa e pouco percebida vem minando os esforços dos agricultores e o potencial das colheitas.
O lançamento do GAIA, um software de Inteligência Artificial, revelou um cenário alarmante: uma média de 13% de falhas de plantio em áreas amostradas de soja e milho. Ainda trata-se de um espaço amostral reduzido, de qualquer forma nos permite fazer um exercício, se extrapolarmos esse indicador para área total a ser plantada de soja, significaria dizer que dos 45 milhões de hectares previstos para a safra 2023, esses 13% de falha representaria cerca de 6 milhões de hectares sem planta, seria equivalente a área de plantio do Paraná.
Essa situação não surge do nada. Ela é resultado de pequenos erros e negligências, muitas vezes decorrentes da manutenção de plantadeiras e falhas na regulagem. Nos campos, o que pode parecer um simples detalhe ou um ajuste menor se multiplica até se tornar um problema generalizado. É como um quebra-cabeça onde cada peça, por menor que seja, afetando a imagem final.
Os impactos dessas falhas de plantio são vastos e de longo alcance. Não se trata apenas da área não semeada, mas também do desperdício de recursos preciosos como sementes, fertilizantes e água. Em um mundo onde a eficiência agrícola é uma necessidade urgente, o desperdício de cada grama de solo fértil representa um golpe contra a sustentabilidade e a segurança alimentar.
Porém, à medida que GAIA entra em cena, surge uma nova oportunidade. A Inteligência Artificial tem o poder de rastrear e analisar os dados, identificando padrões e fornecendo insights que antes eram difíceis de obter. Ao apontar as áreas de falha e os erros na operação, a tecnologia GAIA se tornará uma ferramenta essencial no acompanhamento de importantes indicadores, além de evidenciar o espaço de oportunidade que a capacitação da equipe e melhoria dos processos possui dentro da fazenda, certamente estamos falando de potencialmente milhões de toneladas a mais de grãos e um expressivo impacto no caixa dos produtores e da balança comercial brasileira. Está dado o pontapé para uma nova forma de gerenciar a produção de uma maneira mais eficiente e sustentável.
Nota1: Abaixo uma imagem real da lavoura realizada por drone, são dezenas de amostragens coletadas para cada talhão analisado.
Nota2: Texto com contribuição do ChatGPT
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